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A domesticação do guaco (Mikania glomerata) está entre os principais objetivos da pesquisa sobre plantas bioativas, coordenada pela Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri). O foco é uniformizar um material superior da planta medicinal para auxiliar pequenos produtores no atendimento às necessidades do mercado fitoterápico.
O pesquisador Antonio Amaury Silva Junior revela que a expectativa é lançar uma cultivar que reduza custos de produção e apresente alto rendimento de substância ativa, em quatro ou cinco anos.
— A intensificação dessa demanda industrial se deve à aprovação do guaco pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Presente em diversos tipos na região, a espécie nativa dispõe de cumarina, utilizada no combate à tosse — diz ele.
A partir da busca por acessos de guaco na flora regional, os materiais foram introduzidos no banco ativo de germoplasma da Epagri, para serem avaliados sob os aspectos botânicos, agronômicos e fenológicos. Constituídas as linhagens, as seleções massais continuam no sentido de isolar indivíduos com melhores atributos.
— A coleta foi realizada em oito localidades catarinenses. Deste modo, foram geradas mudas para observação de variedades que originem fenótipos interessantes — explica Amaury.
Considerada uma cultura de alta densidade econômica, o plantio da erva viabiliza a sobrevivência das pequenas propriedades. Além de crescer à meia-sombra entre árvores ou arbustos, o guaco prima pelo cultivo orgânico, preservando o agricultor, consumidor e meio ambiente da ação de insumos químicos.
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